Imagem de Fundo

Foto: Omar Lopez / Unsplash

Bebês prematuros: quais são as causas para o nascimento antes da hora?

Condição traz riscos para o feto, mas pode ser evitada com pré-natal adequado   Por Priscila Carvalho, da Agência Einstein   Cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Isso significa que 12% do total de nascimentos ocorrem antes de a mulher completar [...]

21/12/2021 09h00 Atualizado há 2 anos

Condição traz riscos para o feto, mas pode ser evitada com pré-natal adequado

Por Priscila Carvalho, da Agência Einstein

Cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Isso significa que 12% do total de nascimentos ocorrem antes de a mulher completar a 37ª semana de gestação, elevando o risco de mortalidade infantil e outras sequelas.

Embora uma gestação completa dure entre 37 e 42 semanas, os prematuros podem chegar em três momentos:

  • Prematuros “extremos”: antes de 28 semanas;
  • Prematuros “intermediários”: entre 28 e 34 semanas;
  • Prematuros “tardios”: entre 34 e 37 semanas.

Causas do problema

A prematuridade pode estar ligada tanto às condições maternas, quanto fetais e placentárias.

Materna: Pode ser provocada por infecções que a mulher adquira durante a gestação, como a COVID-19. Outras doenças, como hipertensão e diabetes gestacional, também estão associadas, bem como hemorragias e o uso de drogas ou álcool.

Fetal: Geralmente ocorre quando o desenvolvimento do bebê dentro do útero paralisa. Muitas vezes, por indicação médica, é necessário realizar o parto antes da hora. “Outra causa importante é a gestação gemelar [gêmeos], que aumenta o risco [do parto prematuro]. Condições como uma anemia fetal também pioram o problema”, explica Maria Albertina Rego, presidente do departamento científico de neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Placentária: Ocorre quando a gestante tem a chamada “bolsa rota” ou amniorrexe, o rompimento espontâneo da membrana amniótica (camada mais interna da placenta), antes mesmo de a gestante iniciar o trabalho de parto.

Sinais de risco para o parto prematuro:

  • Contrações uterinas frequentes e regulares;
  • Aumento de secreção vaginal acompanhado de dor pélvica;
  • Sangramento vaginal;
  • Dilatação precoce do colo uterino;
  • Alteração da vitalidade fetal (bem-estar fetal);
  • Alteração materna (aumento da pressão arterial).

Prevenção

Para evitar a prematuridade, o ideal é que a gestante faça um pré-natal adequado, com acompanhamento da evolução do bebê e os parâmetros de saúde.

“Podem ser necessárias internações, exames extras e medicações para diminuir esse risco. Mas nem sempre pode ser evitado, então deve ser acompanhado e conduzido da melhor forma possível para o melhor desfecho materno-fetal’, explica Cynthia van Tol Duarte, ginecologista com especialização em endoscopia ginecológica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

É necessário ainda investir em ações preventivas como o controle de hábitos sedentários, evitar o uso do cigarro e drogas, e controle de outras doenças.

Cuidados após o nascimento

Ao nascer prematuro, o bebê precisará de suporte nutricional, parenteral e de aparelhos para respirar, além de outros procedimentos. Nesta fase, é muito importante garantir uma melhora no desenvolvimento, já que é possível surgir infecções, como a sepse.

Nascer prematuro pode ainda provocar sequelas após o nascimento. Entre as principais estão: dificuldade para manter a temperatura, para se alimentar e respirar, hemorragias e retinopatia da prematuridade (condição que afeta os vasos sanguíneos que chegam à retina dos olhos).

(Fonte: Agência Einstein)

Notícias relacionadas