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Atividade física alivia fadiga relacionada à radioterapia em mulheres com câncer de mama

  Exercícios melhoram a qualidade de vida mesmo quando realizados em baixa intensidade, mas devem ser orientados conforme o perfil da paciente e a fase do tratamento.   Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein   Praticar atividade física ajuda a aliviar a fadiga em mulheres com câncer de mama que estão fazendo radioterapia, de acordo [...]

12/01/2023 08h00 Atualizado há 506 dias

Exercícios melhoram a qualidade de vida mesmo quando realizados em baixa intensidade, mas devem ser orientados conforme o perfil da paciente e a fase do tratamento.

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Praticar atividade física ajuda a aliviar a fadiga em mulheres com câncer de mama que estão fazendo radioterapia, de acordo com um estudo australiano liderado por cientistas da Edith Cowan University e publicado no periódico científico “Breast Cancer”. A pesquisa afirma que o exercício melhora qualidade de vida mesmo quando realizado em baixa intensidade.

Para chegar ao resultado, os autores acompanharam um grupo de pacientes em um programa semanal, levando em conta a capacidade de cada uma delas: duas sessões de treinamento de força e mais 30 a 40 minutos de atividade aeróbica, ao longo de 3 meses.

Depois, os cientistas compararam as informações com os dados de mulheres que não se exercitaram. Aquelas que treinaram notaram efeitos positivos ainda na primeira metade do programa. Já as que não praticaram exercícios demoraram mais tempo para se recuperar da fadiga.

“Sabe-se que o tratamento do câncer modifica a rotina do paciente e a doença pode induzir ao sedentarismo. Mas isso só piora o condicionamento físico e favorece a perda de massa muscular, o que gera mais fadiga, observa Ana Carolina Rezende, rádio-oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Mas os benefícios da atividade física vão muito além de melhorar a disposição: “ela aumenta a aderência ao tratamento, melhora o estado emocional, o paciente acaba se alimentando melhor, melhorando a imunidade, entre outros”, observa a especialista.

No entanto, a prescrição do treino deve ser personalizada, levando em conta o perfil do paciente e a fase do tratamento. “O mais importante é que seja regular, de duas a três vezes por semana, com uma intensidade balanceada conforme a capacidade física do paciente e bem orientada por um profissional”, diz a especialista. E pode ser feita em casa praticamente sem custo financeiro, como reforça o estudo.

Fadiga multifatorial

Nem todos os pacientes em radioterapia sentem o mesmo nível de cansaço e vários fatores podem estar por trás do problema, incluindo substâncias liberadas pelo próprio tratamento. Além disso, indivíduos que já chegam sedentários, com alto índice de massa corporal, sentem mais fadiga depois. O estado emocional também influencia, afetando mais quem sente ansiedade ou depressão, por exemplo. Esse sintoma de fadiga costuma melhorar de duas a quatro semanas após o fim das sessões.

Fonte: Agência Einstein

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