
Veganismo não aumenta risco de transtornos alimentares, mostra pesquisa da USP
Só 0,6% dos veganos apresentou comportamentos disfuncionais em relação à comida; motivos para a escolha alimentar são mais determinantes do que o tipo de dieta.
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
Pessoas que adotam uma dieta vegana – que não consome nenhum produto de origem animal – têm baixíssima prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, mostra um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP).
Os resultados apresentados pelos autores contrariam pesquisas anteriores que indicavam uma ligação entre veganismo e um aumento do risco de transtornos alimentares, uma associação frequentemente observada em dietas restritivas. Recentemente, o caso da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, trouxe à tona a necessidade de identificar padrões que possam indicar distúrbios alimentares, independentemente do tipo de dieta adotada.