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Tratamento oncológico requer cuidados especiais em pacientes com Covid-19

Quimioterapia e radioterapia diminuem a imunidade e podem ser interrompidas provisoriamente mediante orientação médica visando a saúde do paciente.

12/05/2020 09h05 Atualizado há 3 anos

Por Tiago Varella, da Agência Einstein

Com a chegada do novo coronavírus, os pacientes oncológicos entraram para a lista dos grupos de risco. O motivo de estarem mais suscetíveis a desenvolver a forma mais grave da infecção está relacionado à queda da imunidade por causa da quimioterapia, da radioterapia e do uso de corticoides. Mas se forem contaminados pelo vírus, esses pacientes devem ou não manter o tratamento contra o câncer? 

De acordo com o oncologista Orez Smaletz, do Hospital Israelita Albert Einstein, o paciente deve avaliar com seu médico a melhor conduta. “A quimioterapia e a radioterapia são suspensas temporariamente na maioria dos casos para que o sistema imunológico dos pacientes esteja fortalecido para combater a Covid-19, mas o médico deve avaliar cada caso individualmente”, orienta. As cirurgias também devem ser postergadas até que o paciente se recupere, caso tenha sido infectado, mas os recursos terapêuticos de baixa complexidade, como o uso de medicamentos orais, deve ser mantidos porque podem ser feitos em casa.  

 

O tratamento contra o novo coronavírus em pacientes oncológicos é o de suporte, recomendado para todos os infectados pelo vírus. Se os sintomas forem leves, devem permanecer em casa, mas, se forem graves, devem procurar por um atendimento médico no hospital. “Nessas situações, as regras de precaução precisam ser seguidas à risca, como o uso de máscara, higienização das mãos, tratamento feito em um ambiente hospitalar seguro, em um local livre do coronavírus e com estrutura favorecida”, alerta o oncologista.  “As terapias contra o câncer não devem ser interrompidas sem haver uma consulta prévia ao médico. É o especialista que vai avaliar a melhor decisão a ser tomada para manter o bem-estar e resguardar a saúde dos pacientes”, complementa Orez Smaletz 

 

(Fonte: Agência Einstein) 

 

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