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Subnotificação esconde impacto da intoxicação por mercúrio em indígenas

Ação do garimpo na Amazônia leva a índices preocupantes de contaminação entre indígenas, e um novo documento dá a dimensão desse problema

02/09/2025 07h30 Atualizado há 4 dias

Por Arthur Almeida, da Agência Einstein

A intoxicação por mercúrio já faz parte da realidade dos povos indígenas do Brasil. Há décadas eles são afetados pelas consequências do garimpo de ouro na Floresta Amazônica – principal responsável pela liberação dessa toxina no ecossistema. Em maio, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com os Ministérios da Saúde e dos Povos Indígenas, publicaram um documento inédito que reúne diretrizes voltadas especificamente para o atendimento desses casos de contaminação.

O Manual Técnico para o Atendimento de Indígenas Expostos ao Mercúrio no Brasil traz novos dados epidemiológicos sobre a incidência da condição. Os números foram levantados por meio da revisão de pesquisas anteriores e sugerem que há uma subnotificação nos valores apontados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do governo federal. Enquanto o Sinan registrou 267 casos de contaminação por mercúrio em todas as populações indígenas do país entre 2012 e 2023, diferentes publicações referentes a esse período demonstram que a realidade é ainda mais grave.

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