
Sono na infância: como lidar com a dificuldade de dormir das crianças
Em geral, mudanças comportamentais bastam para ensinar os pequenos a dormir bem; mas diretrizes europeias liberam uso de melatonina em alguns casos, o que é questionado por especialistas
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Distúrbios do sono são comuns em crianças e adolescentes e representam um motivo frequente para consultas pediátricas. Embora um número muito pequeno desses grupos sofra de algum problema específico do sono (como apneia obstrutiva, síndrome das pernas inquietas ou narcolepsia), é cada vez mais comum que o público dessa faixa etária tenha insônia. O termo engloba dificuldade para adormecer, de manter-se dormindo ou ter despertares precoces, que ocorrem apesar de um ambiente de sono adequado.
Para que um quadro seja caracterizado como transtorno crônico de insônia, ele deve acontecer mais do que três vezes na semana e durante um período superior a três meses. Sabe-se que que dormir de 30 a 60 minutos a menos por noite reduz significativamente a qualidade de vida relacionada à saúde e, quando isso se torna um problema persistente, impacta o funcionamento emocional, comportamental e cognitivo dos pequenos.