
Só limitar o tempo de tela usado por crianças não evita prejuízos
Pesquisa mostra importância de levar em conta o conteúdo, com quem os pequenos usam os dispositivos e o propósito para evitar danos cognitivos e psicossociais
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
Quando o assunto é o uso de telas por crianças, não basta limitar o número de horas para reduzir os danos. É preciso levar em conta também outros fatores, como o conteúdo, o propósito e com quem utilizam. Uma revisão de estudos publicada em agosto no periódico Jama Pediatrics mostra que a prioridade deve ser o uso produtivo e compartilhado com os cuidadores e a exposição a temas adequados.
Apesar de não faltarem evidências dos prejuízos desses dispositivos, as recomendações atuais em diversos países têm se baseado em controlar o tempo total de telas, sem levar em conta o contexto do uso nem diferenciar o tipo (por exemplo, se é recreativo ou educativo). De acordo com especialistas, também é preciso considerar os equipamentos usados: dos aparelhos tradicionais, como televisão e computador, aos smartphones e tablets.