
“Smart drugs”: medicamentos prometem mais performance, mas a que custo?
Uso de remédios para foco e concentração cresce entre alunos e profissionais; especialistas alertam para efeitos colaterais, risco de dependência e desigualdade de acesso
Por Marília Marasciulo, da Agência Einstein
A promessa de um comprimido capaz de aumentar foco, concentração e memória parece sedutora em uma sociedade cada vez mais competitiva. Não por acaso, as chamadas smart drugs têm se popularizado — e despertado preocupação na comunidade científica.
São medicamentos já conhecidos para o tratamento de distúrbios como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, mas usados sem indicação médica por quem acredita precisar de um estímulo extra no dia a dia. Entre esses fármacos estão o metilfenidato, vendido como Ritalina e Concerta; lisdexanfetamina, conhecida como Venvanse; ou a modafinila, comercializada como Provigil.