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Semaglutida, remédio para tratar obesidade, reduz em 20% risco de eventos cardiovasculares graves

Pesquisa acompanhou mais de 17 mil pessoas por até cinco anos; houve redução nos casos de infarto, AVC e morte por doenças cardiovasculares.

10/08/2023 08h00 Atualizado há 280 dias

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

O uso da semaglutida na dosagem 2,4 mg (Wegovy) para tratar pacientes com sobrepeso ou obesidade reduziu em 20% o risco de eventos cardiovasculares graves – como infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morte – em comparação às pessoas que usaram placebo. O benefício da medicação foi constatado em estudo multicêntrico (SELECT) envolvendo mais de 17 mil adultos diagnosticados com doença cardiovascular. Os resultados foram recebidos com entusiasmo pelos endocrinologistas, que afirmam que estamos entrando em uma “nova era” do tratamento da obesidade. Mas os médicos ressaltam que o medicamento deve ser usado somente com indicação médica, já que pode trazer efeitos colaterais importantes se usado sem acompanhamento.

“Esse resultado é histórico. Este é o primeiro estudo que mostra que se tratarmos a obesidade com medicamento, diminuímos desfechos cardiovasculares graves e mortalidade. Até então existia muito preconceito com o tratamento da obesidade porque ainda existe muito charlatanismo, muitas terapias alternativas, muitas promessas vindas de um comércio grande por trás. Mas a medicina séria, que trata a obesidade como doença, agora tem ferramentas e medicamentos para serem usados e a semaglutida é o primeiro medicamento que mostra esse benefício de redução de desfechos cardiovasculares”, afirmou o endocrinologista Clayton Macedo, que coordena o Núcleo de Endocrinologia do Exercício e do Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein e do ambulatório de Endocrinologia do Esporte da Unifesp.

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