
Reversão de procedimentos estéticos ganha força — e nem sempre é possível
De preenchimentos dissolvidos a próteses retiradas, cresce a demanda por desfazer intervenções; entenda o que está por trás desse comportamento
Por Marília Marasciulo, da Agência Einstein
Após a onda de preenchimentos faciais e outras mudanças em diferentes partes do corpo, tem crescido a busca por reverter procedimentos estéticos que já foram considerados sinônimo de beleza. Impulsionado por celebridades e influenciadores, o movimento sugere uma mudança nos padrões e na forma como o corpo é percebido.
No Brasil, dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética reforçam essa tendência: as remoções de próteses mamárias mais que dobraram entre 2019 e 2023, saltando de 19.355 procedimentos para 41.314 em quatro anos. O retorno ao natural também aparece nas intervenções faciais. Segundo a Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos, houve uma queda de 27% na procura por preenchimentos faciais em 2023 em relação ao ano anterior no Reino Unido. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Cirurgia Plástica Facial registrou uma redução de 14% nas aplicações de preenchimentos em 2022 comparado a 2021. Já a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética relatou um aumento de 57% na procura por dissoluções desses procedimentos entre 2020 e 2021.