
Por que o ferro é importante para tratar síndrome das pernas inquietas
Novas diretrizes nos EUA priorizam o ferro intravenoso como primeira escolha para tratar o problema, que atinge principalmente mulheres e afeta a saúde e qualidade de vida
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Após mais de uma década, a Associação Americana de Medicina do Sono, nos Estados Unidos, atualizou suas diretrizes para o tratamento da síndrome das pernas inquietas (SPI), mudando de forma significativa a abordagem da condição: a terapia com ferro intravenoso agora é considerada tratamento de primeira linha para pacientes com deficiência desse mineral. O documento foi publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine.
A síndrome das pernas inquietas é classificada como um distúrbio neurológico sensorial-motor que se manifesta por um incômodo intenso nas pernas. Os pacientes a descrevem de maneiras variadas: formigamento, aflição, dor, sensação de facadas, coceira ou tensão, por exemplo. Esses sintomas aparecem principalmente no final do dia ou durante a noite, em momentos de repouso. O desconforto só melhora com o movimento, o que interfere na qualidade do sono e, consequentemente, na saúde e no bem-estar geral.