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Por que gestações não planejadas ainda são realidade alarmante no país

Pesquisa em São Paulo com mais de 500 mulheres grávidas aponta que raça, escolaridade, estado civil e número de filhos influenciam diretamente no planejamento reprodutivo

12/06/2025 07h30 Atualizado há 4 dias

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Um estudo conduzido pela Universidade de Campinas (Unicamp) revela que, entre 2023 e 2024, 65,7% das gestações no estado de São Paulo não foram planejadas. Esse percentual é significativamente superior à média nacional, historicamente estimada entre 52% e 55%. Os resultados da pesquisa, publicada em março no The European Journal of Contraception & Reproductive Health Care, indicam que o planejamento reprodutivo ainda é um privilégio no país, influenciado por fatores como raça, classe social e nível de escolaridade.

Embora o Brasil apresente uma taxa de fecundidade considerada baixa, de menos de dois filhos por mulher, a proporção de gestações não planejadas permanece elevada. Foi diante desse aparente paradoxo que o sociólogo Negli Gallardo-Alvarado decidiu investigar o fenômeno em São Paulo, o estado mais rico do Brasil.

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