Pesquisa mapeia vírus no sêmen capazes de transmitir doenças
Conhecer esses agentes pode ajudar a barrar surtos e reforçar a necessidade de usar preservativos após infecções
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
Pesquisadores de diferentes instituições da Europa mapearam 22 vírus capazes de persistir no sêmen após a infecção aguda, podendo contribuir para a transmissão da doença ou mesmo para o surgimento de um surto, já que alguns deles têm potencial pandêmico. Os achados foram publicados em artigo no The Lancet Microbe.
“Há casos em que, após uma virose, como a zika, constatou-se que a forma de transmissão foi via sexual”, relata a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Einstein Hospital Israelita. “No entanto, é importante diferenciar os vírus avaliados neste estudo das doenças infectocontagiosas sexualmente transmissíveis por si, como HIV e sífilis.” Além desses, a presença de vírus no sêmen nos casos de infecções crônicas está bem estabelecida para hepatites B e C, citomegalovírus, entre outros.