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“Não ouvi o choro do meu bebê ao nascer”, conta mãe de UTI

Josenilda Pedreira Alves é mãe de Dario, um bebê prematuro extremo, que nasceu em janeiro com 26 semanas de vida e somente 809 gramas; eles se preparam para ir juntos para casa logo após o Dia das Mães, depois de 112 dias dentro da UTI

10/05/2024 08h09 Atualizado há 356 dias

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Se para toda mãe, a maternidade é uma caixinha de surpresas, rodeada de dúvidas e incertezas, para as mães de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) as angústias são ainda mais latentes. Prestes a dar à luz seu primeiro filho, a enfermeira em radiodiagnóstico Josenilda Pedreira Alves, 37 anos, soube na sala de parto que não seria possível ouvir o choro do seu bebê ao nascer – de fato, Dario não chorou. Ele nasceu prematuro, no dia 22 de janeiro, com 26 semanas de gestação, pesando 809 g e sem estar com os pulmões completamente formados – por isso foi imediatamente entubado e levado para a incubadora, sem nem poder sentir o primeiro toque do colo da mãe. Nesse domingo de Dia das Mães, o primeiro a ser comemorado pela enfermeira, Dario completará 112 dias vivendo dentro de uma UTI neonatal, mas está prestes a ir para casa com seus pais, depois de quase quatro meses de luta pela vida.

Até o dia do parto, a gravidez de Josenilda transcorria tranquilamente, com pré-natal em dia, sem hipertensão arterial, sem diabetes gestacional e sem outra comorbidade que pudesse indicar que ela teria um parto prematuro. Ela conta que no dia 21 de janeiro começou a sentir algumas contrações, mas pensou se tratar das “contrações de treinamento”, movimentos que acontecem quando os músculos do útero se contraem involuntariamente, deixando a barriga mais dura por alguns segundos, de forma bem aleatória e normalmente indolor. No caso de Josi, as contrações se intensificaram, a dor aumentou e ela foi para o hospital. Lá soube que estava com três dedos de dilatação e que Dario poderia nascer a qualquer momento.

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