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Metade dos brasileiros afirma que não comeria insetos; grilos e gafanhotos são os mais aceitos

Pesquisa realizada pela Unicamp entrevistou 780 brasileiros de todas as regiões do país; cientistas desenvolveram um concentrado proteico e uma farinha à base de grilos.

18/10/2023 08h00 Atualizado há 212 dias

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Quando eu digo “alimento à base de insetos”, qual a primeira coisa que vem à sua mente? É difícil não pensar imediatamente em uma sensação de nojo, asco, ou de rejeição, afinal, não estamos acostumados com a possibilidade de incluirmos esses bichinhos na alimentação. Foi partindo desta pergunta que o pesquisador Antônio Bisconsin Júnior, cientista de alimentos e professor do Instituto Federal de Rondônia, realizou o seu doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e concluiu que 51% dos brasileiros ainda mencionam total rejeição à possibilidade de comer insetos. Somente 13% manifestaram alguma aceitação de experimentar esses alimentos.

Bisconsin Júnior conta que a ideia de pesquisar sobre o tema surgiu em 2013, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório global explicando as vantagens do uso de insetos na alimentação humana – esses animais, que já fazem parte do cardápio de cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo, são altamente proteicos e nutritivos e fazem parte da cultura de muitos povos. Outra vantagem é a de que sua produção é muito mais sustentável para o planeta: usa-se menos espaço, menos alimentos, menos água, além de a criação de insetos emitir menos gases causadores do efeito estufa. Por isso, alimentos à base de insetos seriam uma alternativa mundial para combate à fome e à segurança alimentar.

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