
‘Já fui sentenciada várias vezes’, diz paciente de câncer em cuidados paliativos há 9 anos
Apesar de ser associada à morte, a abordagem de cuidados paliativos oferece bem-estar, mais conforto e satisfação durante a jornada de pacientes com doenças ameaçadoras à vida.
Por Letícia Naísa, da Agência Einstein
Em 2015, a estudante Anne Carrari tinha 40 anos e ouviu de um médico que teria apenas 20% de chance de estar viva em até cinco anos. Fazia cerca de um ano que ela havia sido diagnosticada com câncer de ovário em estágio 4 – ou seja, seu estado era extremamente grave, a doença já estava bastante avançada. “Quando esse é o diagnóstico, se faz quimioterapia paliativa”, conta Carrari, que descobriu o termo “paliativo” em seu tratamento apenas três anos depois da descoberta do câncer.
“Eu estava entrando no elevador do hospital para começar um novo protocolo de quimioterapia, ia receber a aplicação naquele dia, quando bati o olho na folha assinada pelo médico e estava escrito ‘tratamento paliativo’”, relembra a estudante.