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Hora do remédio – Coisas que você precisa saber

Medicamentos só são bons quando o uso é necessário, prescrito por um profissional e administrado com responsabilidade

16/10/2019 09h00 Atualizado há 4 anos

Por Cristiane Bomfim

 

Com 162 bilhões de doses de medicamentos vendidas e faturamento de R$ 56,8 bilhões em 2017, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking dos maiores mercados farmacêuticos do mundo. De acordo com o mais recente levantamento da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), o país é o segundo nas Américas a mais comercializar remédios, perdendo apenas para os Estados Unidos, que ocupa a primeira posição.

Desenvolvidos para curar, tratar ou prevenir doenças, medicamentos só são bons quando o uso é necessário, prescrito por um profissional – de acordo com as necessidades e histórico individual do paciente– e administrado com responsabilidade. Em oposição, a automedicação pode trazer diversos prejuízos à saúde e até levar à morte. Por isso, antes de usar qualquer medicamento, é importante saber que:

  1. Automedicação: é o ato de tomar por conta própria, e sem orientação médica, qualquer medicamento em busca do alívio imediato da dor e outros sintomas de doenças. Lembre-se, o que fez bem para seu amigo ou parente pode não ser indicado para você
  1. Riscos da Automedicação:
  • Mascarar sintomas de uma doença grave e, com isso, dificultar seu diagnóstico, atrasando o tratamento;
  • Causar intoxicações. Você sabia que em 2017 foram registradas 6.880 internações no Brasil por intoxicação causada por medicamentos? Isso representa 18 pessoas hospitalizadas por dia.
  • Provocar reações adversas, como alergias e sangramentos
  • Aumentar a resistência de microrganismos aos medicamentos
  • Anular, reduzir ou potencializar o efeito dos remédios em caso de combinações com outras substâncias farmacológicas (mesmo que estas pareçam inofensivas)
  1. Dicas importantes:
    • Ao passar por uma consulta, conte ao médico quais medicamentos está usando – qualquer um mesmo – e não esqueça de mencionar a frequência. Na lista entram os anticoncepcionais, remédios para hipertensão, asma, diabetes, pomadas e até aquele comprimido para dor de cabeça que está sempre por perto. Não esqueça de informar sobre gravidez, amamentação ou cirurgias recentes. Essas informações ajudam o médico na prescrição dos medicamentos mais indicados para você.
    • Com a receita em mãos, não esqueça de perguntar por quanto tempo e em quais horários você deve tomar ou usar os medicamentos
    • Pergunte para que os remédios servem e se há efeitos colaterais
    • Idosos, crianças e gestantes só podem usar medicamentos prescritos
    • Em geral, comprimidos devem ser ingeridos com água. Evite tomar com leite, suco ou refrigerante. Estas bebidas podem alterar o efeito da substância no organismo. Lembre-se que qualquer mudança deve ser recomendada pelo médico
    • Não misture remédio com bebida alcoólica. Na melhor das hipóteses, ela pode anular ou potencializar o efeito.
    • Respeite a indicação do médico e nunca interrompa o uso sem recomendação dele. A utilização de um antibiótico por tempo menor que o determinado pode deixar a bactéria mais resistente e dificultar a cura
    • Avise seu médico sobre qualquer reação inesperada
    • Compre medicamentos somente em farmácias e verifique, sempre, a data de validade.
  1. Não combine:
    • Anticoncepcional hormonal oral + antibióticos à base de rifampicina, amoxicilina, penicilinas G e V = redução dos efeitos dos anticoncepcionais. Se for preciso a combinação, use outro método contraceptivo
    • Anticoncepcional hormonal + hábito de fumar = trombose e aumento do risco de doença cardiovascular
    • Álcool + Ácido Acetilsalicílico = riscos de sangramentos gastrointestinais
    • Medicamentos para gripes e resfriados que tenha na sua composição clorfeniramina, dexclorfeniramina e carbinoxamina = sonolência

 (Fonte: Agência Einstein)

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