
Exergames melhoram memória, atenção e função em pessoas com Parkinson
Uso de videogames que exigem esforço físico ajuda no tratamento da doença que é neurodegenerativa e causa destruição progressiva dessas células nervosas.
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Um estudo piloto realizado por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Universidade de Palermo, na Itália, aponta efeitos benéficos do uso de treinos com exergames (videogames que exigem esforço físico) na reabilitação de pessoas com Parkinson, em comparação com a realização exclusiva de terapia motora. A doença neurodegenerativa é a segunda mais prevalente do tipo no planeta e, embora seja mais comumente associada aos idosos, cerca de 10% a 20% dos casos ocorrem em adultos jovens, com menos de 50 anos.
“A reabilitação da pessoa com Parkinson é absolutamente fundamental e deve ser feita por um time multidisciplinar. Hoje, temos a reabilitação convencional, com evidências bem estabelecidas para protocolos de fisioterapia que se concentram em trabalho de marcha, equilíbrio, postura, dupla-tarefa etc. Mas também temos essa outra vertente, flagrantemente menos utilizada na prática, que é o uso da realidade virtual, da realidade aumentada ou dos exergames para viabilizar tarefas motoras e/ou cognitivas por meio de uma interface tecnológica e lúdica”, afirmou o neurologista André Carvalho Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein.