
EUA mudam diretriz e flexibilizam amamentação por mulheres com HIV
Nova regra permite aleitamento por mães portadoras do vírus apenas se tiverem carga indetectável; no Brasil, prática é formalmente contraindicada
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
A Academia Americana de Pediatria acaba de fazer uma mudança considerada histórica nas suas diretrizes ao permitir a amamentação por mulheres portadoras do vírus HIV, desde que tenham carga viral indetectável de forma sustentada. No Brasil, o aleitamento materno continua contraindicado nesses casos, como única forma de zerar o risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê.
Segundo a nova recomendação norte-americana, a chance de transmissão quando a pessoa faz uso da terapia antirretroviral e apresenta uma taxa viral inferior a 50 cópias por ml de sangue é menor que 1%. Por isso, os especialistas optaram por autorizar mães nessas condições que desejem amamentar.