
Entenda as promessas do medicamento recém-aprovado para câncer cerebral
Em ensaio clínico, o vorasidenibe ampliou em mais de dois anos a sobrevida sem progressão da doença de pacientes acometidos por astrocitoma ou oligodendroglioma
Por Arthur Almeida, da Agência Einstein
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no último dia 11 de agosto, o registro do medicamento vorasidenibe para uso e comercialização dentro do território brasileiro. Ele foi desenvolvido para atuar como uma terapia-alvo no tratamento de pessoas diagnosticadas com astrocitoma e oligodendroglioma, dois tipos raros de câncer que afetam o sistema nervoso central.
A eficácia do fármaco foi atestada no ensaio clínico Investigating Vorasidenib in Glioma (INDIGO), conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores e descrito em um artigo científico publicado no periódico New England Journal of Medicine em junho de 2023. “Foi a análise dessa pesquisa que a Anvisa utilizou como base para regulamentar o vorasidenibe”, explica o oncologista Donato Callegaro Filho, do Einstein Hospital Israelita.