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Como a Covid-19 pode afetar a gestação

Esposa do DJ Alok deu à luz a segunda filha do casal prematuramente depois de complicações causadas pela infecção por SARS-Cov-2

14/12/2020 09h05 Atualizado há 3 anos

Por Nicola Ferreira, da Agência Einstein

Na última semana, a esposa do DJ Alok, Romana Novais, deu à luz, em parto prematuro, ao segundo filho do casal, a menina Raika. O nascimento, que estava previsto para o começo de janeiro, ocorreu de forma antecipada por conta de complicações da Covid-19 sofrida por Romana – o casal anunciou estar contaminado dois dias antes do nascimento.

“A Covid-19 pode ter impacto na saúde da mãe e do feto, principalmente quando a gestação está no último trimestre”, explica o ginecologista Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, gestantes contaminadas pelo SARS-Cov-2 tendem mais a serem internadas e intubadas em comparação a não-gestantes.

Como é o acompanhamento de grávidas com Covid-19?

Gestantes que foram infectadas pelo Sars-Cov-2 devem ter uma atenção maior por parte do médico, principalmente quando estão no terceiro trimestre de gravidez. Não há mudança no tempo em que a gestante fica de quarentena, que são de 10 a 14 dias”, explica Zlotnik.

Todo o pré-natal deve ser seguido normalmente e é necessário que médico e gestante fiquem atentos ao surgimento de sintomas leves ou mais graves. Caso o quadro da paciente no último trimestre se agrave e seja necessária a internação e, em casos mais graves a intubação, pode-se considerar a realização de um parto de emergência para evitar problemas  como anomalias na frequência cardíaca fetal.

Na sala de parto

 

Em emergências médicas ou em partos no período certo, há cuidados extras em razão da pandemia.

“No Einstein, se a mãe estiver positivada, ela é enviada a uma sala de isolamento. Em casos de parto normal, não há circulação da equipe por outras dependências. Em cesáreas, assim que acabar o parto os profissionais vão embora imediatamente”, conta o ginecologista Zlotinik.

Ainda na sala de parto, a mãe já entra em contato direto com o bebê. Fora as restrições normais, como possíveis problemas na saúde do recém-nascido, a nova mamãe já pode segurar seu filho. O pai também está autorizado a ficar na sala de parto com a mãe.

Pós-parto

 

A mãe é encaminhada a um quarto com pressão negativa. Ela fica sob os cuidados de equipe já treinada para cuidar de casos de pacientes com coronavírus.

“No quarto, a mãe pode ficar com o pai da criança e o bebê, criando uma bolha. Após os dias necessários de isolamento e se estiver tudo bem com a saúde do recém-nascido, ela pode sair do hospital”, completa Eduardo Zlotnik.

(Fonte: Agência Einstein)

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