
Com IA, cientistas encontram tratamento para paciente com doença rara
Análise feita por algoritmo permitiu identificar a melhor opção de medicamento para pessoa que não tinha avanços com outros tratamentos
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
Uma ferramenta de inteligência artificial (IA) ajudou a encontrar o melhor medicamento para tratar um paciente com a doença de Castleman Multicêntrica Idiopática (iMCD), que tinha poucas chances de vida e não respondia mais aos tratamentos. O achado foi descrito em artigo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicado em fevereiro no New England Journal of Medicine. Atualmente, a pessoa está há dois anos em remissão da doença.
A iMCD é uma doença rara — um artigo de 2023 estima sua incidência em cinco casos a cada 1 milhão de pessoas. De origem desconhecida, ela se caracteriza pela liberação excessiva de substâncias inflamatórias pelo sistema imunológico, o que leva a danos em órgãos e tecidos. Pessoas acometidas por ela têm problemas nos gânglios, inflamação sistêmica, disfunção renal e falência dos órgãos.