
Com alta de casos, câncer anal pode ser evitado (inclusive com vacina)
Normalmente confundido com hemorroida, tumor está associado à infecção pelo HPV e pode ser curado, se detectado e tratado precocemente
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Considerado raro e ainda pouco discutido, o câncer anal tem se tornado um desafio crescente para a saúde pública. Na última década, houve mais de 38 mil internações em decorrência da doença em hospitais públicos no Brasil. No mesmo período, foram registradas 6.814 mortes por causa desse tipo de tumor. É o que revela um levantamento da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), realizado com dados do Ministério da Saúde e divulgado no início de fevereiro.
Estima-se que o câncer anal represente cerca de 1% a 2% de todos os tumores colorretais na população geral. Embora considerada rara, a doença tem apresentado aumento de incidência nas últimas décadas, especialmente em grupos de alto risco. A boa notícia é que ela prevenível e pode ser curada, mas para isso é preciso detectar e tratar precocemente.