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Cidade de São Paulo registra o dobro de casos de coqueluche neste início de ano

Até agora são 17 casos, contra oito registrados no ano passado. Para os especialistas, o aumento é reflexo da baixa adesão vacinal e da falta das doses de reforço em adultos

18/04/2024 08h00 Atualizado há 17 dias

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Em quase quatro meses, a cidade de São Paulo já registra o dobro de casos de coqueluche, se comparado com o ano passado. Até agora são 17 registros e nenhuma morte, contra oito casos em 2023. O aumento de notificações gerou um alerta, mas a capital não está em surto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Os casos foram registrados principalmente nas zonas Oeste e Sul da capital.

Isso já vem ocorrendo há alguns anos e é reflexo da baixa adesão vacinal”, diz a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein. De fato, em dez anos a cobertura vacinal da DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, caiu muito no país. Em 2012, o Brasil vacinou 93,81% do público-alvo e a Região Sudeste alcançou a maior cobertura (95%). Já em 2022 o índice geral ficou em 77,25% e o Sudeste despencou para 74,79%, mostram os dados do DataSUS (o sistema de informática do Sistema Único de Saúde – SUS). Cerca de 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose dela entre 2019 e 2021, segundo um informe da Unicef.

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