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Câncer colorretal: o início do rastreio deve ser aos 45 ou 50 anos?

Novas diretrizes recomendam começar aos 50 anos por causa do alto custo do exame e dos riscos associados; por outro lado, sociedades brasileiras preconizam iniciar rastreio aos 45.

13/10/2023 08h00 Atualizado há 212 dias

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Uma revisão das orientações sobre o momento ideal de iniciar e interromper o rastreamento do câncer colorretal, publicada em agosto pelo American College of Physicians, concluiu que o começo do monitoramento deve ocorrer aos 50 anos, em contraste com a indicação anterior de 45 anos. Essa nova diretriz segue a Organização Mundial da Saúde, que sugere aos 50 anos, mas contradiz as recomendações da American Cancer Society, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), que preconizam o início do rastreamento aos 45 anos – ou até antes, se houver histórico familiar.

Essa orientação leva em conta adultos de risco médio, aqueles da população em geral, sem nenhum histórico familiar ou diagnóstico prévio de pólipos (que é uma lesão pré-maligna)  ou doenças inflamatórias intestinais. Os pesquisadores analisaram diretrizes dos Estados Unidos e de outros países, publicadas entre janeiro de 2018 e abril de 2023. Eles compararam o início do rastreio aos 45 e aos 50 anos e constataram que, de fato, ao iniciar 5 anos mais cedo, foi possível prevenir poucos casos (2 a 3 por 1.000 rastreados), reduzir um pequeno número de mortes e garantir mais anos de vida.

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