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Avanço da doença de Chagas evidencia falhas de diagnóstico e tratamento

Relatório revela que a condição tem se espalhado para outras partes do mundo, e o Brasil segue entre os países com maior incidência e casos não identificados

25/11/2025 07h30 Atualizado há 4 horas

Por Arthur Almeida, da Agência Einstein

Causada pelo parasita Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente pelas fezes do inseto conhecido como barbeiro, a doença de Chagas é considerada um dos maiores desafios parasitários do continente americano. No Brasil, políticas públicas robustas e décadas de pesquisa ajudaram a controlar a transmissão aguda, hoje restrita a áreas endêmicas do Norte e do Nordeste. Mas a melhora nos métodos diagnósticos revela um segundo problema: a quantidade de casos crônicos que permanecem sem assistência clínica e tratamento.

Até 2023, foram diagnosticados 17.049 casos crônicos de doença de Chagas no Brasil, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. Mas esse dado provavelmente não reflete a realidade, já que ilustra apenas os episódios detectados e submetidos em formulário eletrônico ao sistema de saúde. Uma pesquisa publicada no início de novembro na revista The Lancet Infectious Diseases, baseada no último levantamento Global Burden of Disease (GBD), revela o tamanho dessa lacuna. O documento estima que, há dois anos, havia cerca de 10,5 milhões de pessoas com a doença de Chagas no mundo. Desse total, quase 4 milhões (38%) estavam do Brasil.  

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