
Alto consumo de ultraprocessados por menores de 5 anos preocupa especialistas
No Brasil, estima-se que 30% das calorias diárias dessa faixa etária venham desse tipo industrializado; estudo canadense identificou hábito em quase metade das crianças
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
O consumo excessivo de ultraprocessados por crianças em idade pré-escolar tem sido uma preocupação crescente entre especialistas em saúde pública. Cada vez mais, os pequenos estão substituindo refeições nutritivas por produtos industrializados abarrotados de açúcar, sal, gordura e aditivos químicos. São exemplos refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, constatou que quase metade (45%) das calorias diárias ingeridas por crianças de 3 a 5 anos naquele país vêm de alimentos ultraprocessados. Os autores analisaram dados de frequência alimentar de 2.217 crianças em idade pré-escolar que integram o CHILD Cohort Study, um dos maiores estudos canadenses, que coleta informações de famílias desde a gravidez e em estágios importantes do desenvolvimento para monitorar o impacto de fatores genéticos e ambientais na saúde das crianças a longo prazo.