
Adultos com TDAH podem ter menor expectativa de vida, diz estudo
Segundo pesquisa, essa perda pode estar ligada a questões como maior incidência de doenças físicas e mentais, tabagismo e uso de álcool
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) podem ter uma expectativa de vida significativamente menor em comparação àquelas sem a condição. De acordo com um estudo publicado no início de 2025 no The British Journal of Psychiatry, homens com TDAH vivem, em média, 6,78 anos a menos que os homens sem o diagnóstico. No caso das mulheres, a diferença é ainda maior: 8,64 anos a menos de vida.
O trabalho, realizado por pesquisadores da Inglaterra, é o primeiro a usar dados de mortalidade para estimar a média de anos de vida perdidos por quem vive com o transtorno. A pesquisa analisou registros médicos de mais de 9,5 milhões de pessoas atendidas por 792 clínicas de atenção primária do Reino Unido entre 2000 e 2019. Desse total, cerca de 30 mil adultos (0,32% da amostra) tinham um diagnóstico formal de TDAH. Os pesquisadores compararam esses dados com um grupo controle de 300 mil pessoas.