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A preparação do Hospital Israelita Albert Einstein para enfrentar o coronavírus

Para a instituição, foco é a excelência no atendimento e agilidade na identificação de casos do novo coronavírus, mas é essencial garantir que os demais cuidados com a saúde da sociedade se mantenham, de forma eficiente e segura

27/02/2020 10h40 Atualizado há 3 anos

Por Redação

Depois da identificação do primeiro caso brasileiro do novo coronavírus, o país adota medidas para evitar sua proliferação. Desde o início da epidemia na China, no final do ano passado, o Hospital Israelita Albert Einstein vem se preparando para fazer o diagnóstico e tratar pacientes contaminados pelo vírus de acordo com as rigorosas regras determinadas pelos protocolos de segurança do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

Centro latino-americano de referência em saúde, o Einstein está usando todo o seu conhecimento e experiência na atuação em situações semelhantes para garantir o atendimento de excelência e a máxima segurança a pacientes, seus familiares, profissionais da instituição e todas as pessoas que circulam por suas unidades. Os cuidados são extensivos às unidades públicas administradas pelo hospital, como os hospitais municipais Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho (Vila Santa Catarina) e o Dr. Moyses Deutsch (M´Boi Mirim).

Atendimento e diagnóstico – O protocolo para atendimento começa já na identificação de casos suspeitos. Na triagem do Pronto Atendimento, há um totem em que o paciente, antes de retirar a senha, seleciona os sintomas. Caso sejam semelhantes aos da infecção causada pelo coronavírus ou aos de outras doenças infectocontagiosas, recebe uma senha diferenciada, bem como a determinação para o uso de máscara e higienização das mãos com álcool gel – há um espaço na sala de espera em que estão disponíveis máscaras, lenços e álcool gel. Ao mesmo tempo, o caso é notificado à equipe de forma eletrônica e o profissional de enfermagem chega ao primeiro contato com o paciente devidamente informado sobre a queixa e adequadamente protegido pelo uso de máscara, óculos e luvas.

Caso o paciente se encaixe na definição de casos suspeitos – com sintomas respiratórios e histórico de viagem a países onde há epidemia ou contato com alguém dessas localidades -, segue um fluxo separado com espaços exclusivos de atendimento e é submetido a uma primeira bateria de exames. Nesta etapa, já é possível descartar casos totalmente negativos. Se a suspeita permanecer, o paciente é submetido a um teste mais sofisticado e específico: o PCR (sigla em inglês para Reação em Cadeia da Polimerase). Trata-se de uma técnica usada pela biologia molecular para amplificar cópias de DNA. Neste caso, o método busca a identificação da presença de material genético do novo coronavírus. O resultado sai em até 24 horas. Até sua finalização, o paciente permanece em observação e isolamento respiratório. Dependendo de sua condição clínica, ele pode ou não ficar internado.

Se a hospitalização for necessária, o hospital já fez a alocação de 12 leitos com sistemas especiais para isolamento.

O aprimoramento do fluxo de atendimento a pacientes e a definição de condutas e equipamentos de proteção necessários em casos como o do coronavírus são dois dos temas que fazem parte de um extenso e rigoroso treinamento de toda a equipe do Einstein e que vem sendo realizado desde o início do surto. Além disso, foram produzidos vídeos curtos de instrução, e-learnings e projetos lembretes para as áreas assistenciais, realização de simulados nos pronto atendimentos e unidades de terapia intensiva, reuniões clínicas presenciais para toda a organização e informativo para pacientes, acompanhantes, familiares e visitantes. As equipes vivenciam ainda uma intensa rotina de monitoramento da evolução do cenário e novos casos, bem como de obediência aos protocolos, além de realizarem uma constante avaliação das medidas necessárias em caso de aumento do número de atendimentos.

Todas essas medidas contribuem para a excelência em todos os passos do atendimento e para a contribuição do Einstein à saúde brasileira ao se tornar a primeira instituição a detectar o novo coronavírus no Brasil. “Além disso, elas garantem a segurança de todos os que circulam nas unidades do hospital, especialmente a dos pacientes e a de seus familiares. Nosso objetivo é sim oferecer o melhor atendimento aos casos suspeitos da síndrome Covid-19, mas garantindo que não exista nenhum tipo de risco em outros atendimentos de qualquer natureza. Afinal, é essencial que os demais cuidados com a saúde da sociedade se mantenham de forma eficiente e segura”, afirma Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Por essa razão, o hospital mantém sua rotina de atendimento com a certeza de que continua oferecendo a seus pacientes o melhor atendimento e segurança a eles devidos.

Sobre o primeiro caso do novo coronavírus confirmado no Brasil

A identificação Hospital Israelita Albert Einstein recebeu na noite do dia 24 de fevereiro em seu Pronto Atendimento na unidade Morumbi, em São Paulo, um paciente com sintomas semelhantes aos da Covid-19. A confirmação da infecção viral pelo novo coronavírus ocorreu após realização imediata do teste laboratorial PCR e o caso foi notificado à Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo na manhã do dia 25 de fevereiro. Como protocolo e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório do Instituto Adolfo Lutz, que confirmou o diagnóstico.

O paciente, um empresário de 61 anos, havia chegado de uma viagem de negócios à Lombardia, na Itália. Ao dar entrada no Pronto-Atendimento, queixava-se de tosse, febre, dor de garganta e coriza. Após a realização dos exames e por não haver razões clínicas para internação, ele foi orientado a voltar para casa, onde permanece em isolamento respiratório – uso de máscara, proteção do nariz ao espirrar ou da boca ao tossir, lavagem das mãos com frequência.  Neste momento, encontra-se em bom estado clínico e segue em isolamento domiciliar durante os próximos 13 dias, período no qual será monitorado ativamente pela equipe médica do Einstein. O isolamento e acompanhamento foi estendido a todas as pessoas que tiveram contato próximo com ele.

Entenda mais sobre as condutas para o controle do coronavírus:

  1. Por que a recomendação no primeiro caso identificado foi de que o paciente fique em casa?

Porque o paciente encontra-se clinicamente bem, sem manifestação de qualquer

complicação decorrente da infecção.

  1. O que significa isolamento respiratório domiciliar?

Trata-se de uma medida de segurança para tentar evitar a disseminação da doença. Na prática, significa:

  • Manter distância dos demais familiares, permanecendo em ambiente privativo;
  • Manter o ambiente da casa com ventilação natural;
  • Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante todo o período, as quais devem ser trocadas quando estiverem úmidas;
  • Não frequentar a escola, local de trabalho ou locais públicos e só sair de casa em situações de emergência durante o isolamento, sempre em transporte privado, com ventilação natural;
  • Cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar;
  • Higienizar as mãos frequentemente com gel alcóolico, água e sabonete;
  • Evitar tocar boca, olhos e nariz sem higienizar as mãos;
  • Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
  1. Em que casos um paciente infectado deve ficar internado?

Somente quando manifestar quadro clínico que exija cuidados mais intensos, como o desenvolvimento de pneumonia em razão da infecção.

  1. Como é feito o exame que detectou o coronavírus?

O PCR (sigla em inglês para Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica usada pela biologia molecular para amplificar cópias de DNA. Neste caso, o método busca a identificação da presença de material genético do novo coronavírus. O resultado sai em até 24 horas.

  1. Quais as medidas adotadas para a proteção dos colaboradores do Hospital?
  • Determinação para o uso de equipamentos de segurança pelos profissionais diretamente envolvidos no atendimento;
  • Realização de treinamento e simulados frequentes
  • Atualização sobre a evolução da epidemia e métodos de proteção;
  • Distribuição de material informativo distribuído pelas redes internas de comunicação.

(Fonte: Agência Einstein)

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