
25% dos sarcomas, tipos raros de câncer, são diagnosticados incorretamente
Os sarcomas representam cerca de 1% dos tumores diagnosticados anualmente e possuem cerca de 100 subtipos; faltam no Brasil centros especializados para o tratamento desses pacientes
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
“Eu tinha uma vida comum e ela passou a ser extraordinária após a descoberta do sarcoma.” Foi com essas palavras que a auxiliar em contabilidade Patrícia Figueiredo, 35 anos, descreveu como foi receber o diagnóstico de sarcoma – o termo utilizado para definir um conjunto de tipos raros de câncer, com cerca de 100 subtipos, que atingem especialmente ossos e partes moles, como músculos, células de gordura, cartilagens e vasos sanguíneos. Eles representam cerca de 1% dos casos de tumores sólidos descobertos anualmente.
Os sarcomas são tumores das células mesenquimais, que são as de apoio e suporte físico e estrutural ao nosso corpo, como músculo, gordura e ossos. Em geral, eles surgem nas extremidades (pernas e braços), no retroperitônio (entre os órgãos abdominais) e nas paredes torácica ou do abdômen. A doença pode acometer pessoas de qualquer idade. Alguns subtipos que afetam os ossos são mais comuns na infância e adolescência, enquanto outros subtipos, especialmente os sarcomas de partes moles, em sua maioria, atingem mais os adultos acima de 50 anos.