
Ataques de abelhas crescem no Brasil e expõem falta de antídoto
Acidentes já são a terceira maior causa de envenenamento por animais no país, com mais de 34 mil casos e 117 mortes em 2024; pesquisadores avançam para desenvolver soro inédito
Por Arthur Almeida, da Agência Einstein
Conhecidas por seu papel na produção de mel e na polinização de plantas, as abelhas africanizadas (Apis mellifera) podem parecer inofensivas com sua coloração amarela e rotina de visita a flores. Mas, quando se sentem ameaçadas, elas podem oferecer verdadeiros riscos à saúde humana – principalmente se estiverem acompanhadas por outros membros de sua colmeia, e formarem um enxame.
Dados do painel epidemiológico de acidentes por animais peçonhentos, mantido pelo Ministério da Saúde, indicam que 34.260 pessoas registraram episódios envolvendo o ataque de abelhas no país em 2024, sendo que 117 deles resultaram em óbito. Isso representa um crescimento de 82% no número total de notificações de casos do tipo em comparação a 2020 (18.818), bem como um salto de 56% em relação às mortes (75).