
Chemsex: associação entre drogas e sexo tem alarmado especialistas
Prática cresce entre a população e desafia profissionais da saúde por envolver prazer, substâncias psicoativas e pouca informação sobre redução de danos
Por Arthur Almeida, da Agência Einstein
Fazer sexo sob o efeito de drogas não é um comportamento novo, mas tem chamado cada vez mais a atenção de especialistas e autoridades em saúde. Esse hábito ganhou até nome: chemsex, uma abreviação da expressão em inglês chemical sex (ou “sexo químico”, em livre tradução), que se refere ao ato sexual associado ao uso de substâncias psicoativas.
Em geral, a prática está ligada ao consumo de álcool, cannabis, ketamina (“key”), ecstasy (“bala”), LSD (“doce”), metanfetamina (“cristal” ou “tina”), GHB (“boa noite Cinderela”) ou nitrito de alquila (poppers). Essas drogas atuam diretamente no cérebro, intensificando sensações de prazer, relaxamento e desinibição.