
Solidão aumenta risco de morte em mulheres na meia-idade, aponta estudo
Pesquisa mostra que o isolamento gera impactos na saúde e comportamentos que afetam a qualidade de vida, como tabagismo, alimentação ruim e sedentarismo
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
A solidão aumenta o risco de morte independentemente da saúde física e mental — e quanto mais persistente o isolamento, maior o perigo. Isso é o que mostra uma nova pesquisa da Universidade de Sidney, na Austrália, publicada recemtemente no British Medical Journal. O estudo avaliou, pela primeira vez, o elo entre solidão e mortalidade precoce em mulheres de meia-idade.
A solidão é reconhecida como um problema de saúde pública e está associada a problemas cardiovasculares, depressão e demência, entre outros desfechos negativos. No entanto, segundo os autores, até agora os estudos não haviam examinado o impacto no risco de morte conforme a quantidade de anos em que a pessoa se sente só.