
Comer muitos ultraprocessados aumenta o risco de depressão persistente
Pesquisa brasileira acompanhou mais de 14 mil pessoas ao longo de oito anos e mostra que má alimentação pode aumentar em até 30% a probabilidade de ter o transtorno
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), revela uma associação significativa entre o consumo de produtos ultraprocessados e o risco aumentado de desenvolver depressão — e de a doença persistir durante anos. Os resultados foram publicados em maio no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.
A investigação acompanhou mais de 14 mil pessoas ao longo de oito anos, a partir de três períodos de avaliação: 2008 a 2010, 2012 a 2014 e 2017 a 2019. Os primeiros resultados revelaram aqueles que consumiam mais ultraprocessados no início do estudo tinham um risco 30% maior de desenvolver depressão.