
Exame de sangue nas fezes é opção acessível para rastrear câncer colorretal
Campanha em Goiás realizou cerca de 2.500 exames e encaminhou mais de 500 pessoas para colonoscopia; quatro casos de câncer avançado foram identificados
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é o terceiro tipo mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, com uma taxa anual de aproximadamente 46 mil casos novos, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Embora a maioria aconteça em pessoas acima dos 60 anos, tem-se observado um aumento significativo entre adultos jovens. Seu início costuma ser silencioso e a progressão lenta, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Um levantamento da Fundação do Câncer projeta um aumento de 21% nos casos até 2040. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), cerca de 75% a 80% dos tumores de intestino ainda são diagnosticados em estágios avançados, o que reduz a chance de cura e exige tratamentos mais agressivos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias complexas e invasivas. Quando identificado no início, porém, o câncer colorretal pode ser curado.