
Entenda por que o uso do PMMA para fins estéticos é tão arriscado
Substância está associada a casos de deformação e reações que podem ser letais; órgãos médicos exigem que uso e comercialização sejam proibidos no país
Por Thais Szegö, da Agência Einstein
Não é de hoje que o uso estético do polimetilmetacrilato — mais conhecido como PMMA — preocupa profissionais de saúde. Mas casos recentes, inclusive de mortes associadas à aplicação do produto, levaram o Conselho Federal de Medicina (CFM) a pedir que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíba a produção e comercialização de preenchedores à base de PMMA.
Publicado em janeiro de 2025, o documento relata que o uso dessa substância na medicina remonta à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando era utilizado para corrigir danos cranianos decorrentes de traumas. De acordo com o CFM, o PMMA usado em preenchimentos é um composto constituído por microesferas suspensas em solução de colágeno bovino, carboximetilcelulose ou hidroxietilcelulose. “O desenvolvimento desta apresentação teve início na década de 1990, com utilização no Brasil desde o final daquela década e aprovação de uso pelo FDA em 2006”, diz o órgão no documento.