
Metais tóxicos em absorventes internos: entenda evidências e recomendações
Estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, identificou 16 tipos de metais, incluindo chumbo e arsênio, nesses produtos; mas especialistas pedem cautela e mais pesquisas
Por Victória Ribeiro, da Agência Einstein
Desde que chegaram ao mercado, na década de 1930, os absorventes internos se tornaram uma escolha comum entre as pessoas que menstruam, ajudando a minimizar alguns desconfortos típicos desse período. Contudo, a ciência tem investigado a segurança desses produtos. Uma pesquisa publicada em agosto no periódico Environment International constatou a presença de metais tóxicos, como chumbo, arsênio, níquel, mercúrio e zinco, em absorventes internos e abriu brecha para a dúvida: eles são seguros para a saúde?
Conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos, o estudo avaliou 16 tipos de metais (arsênio, bário, cálcio, cádmio, cobalto, cromo, cobre, ferro, manganês, mercúrio, níquel, chumbo, selênio, estrôncio, vanádio e zinco) em 30 absorventes internos de 14 marcas diferentes não divulgadas, comprados nos EUA, na Grécia e no Reino Unido, entre setembro de 2022 e março de 2023.