
Cresce incidência de câncer de vagina no mundo; Brasil tem redução de casos
Doença é rara entre os tumores ginecológicos e está associada à infecção pelos vírus HPV e HIV, além de baixos índices de desenvolvimento socioeconômico
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
A incidência do câncer de vagina vem crescendo no mundo todo, revela um levantamento global de tendência da doença e fatores associados a ela nos últimos dez anos, publicado em junho no periódico Obstetrics & Gynaecology. O Brasil, no entanto, está na contramão e apresentou uma queda nesse período.
O câncer de vagina é raro e responde por apenas 2% dos tumores ginecológicos. Em 2020, foram diagnosticados cerca de 18 mil novos casos no mundo. Ele é caracterizado por lesões na vagina, o que não inclui a vulva nem o colo do útero. Costuma aparecer após a menopausa, mas estudos mostram um aumento também entre jovens. Com diagnóstico precoce, a taxa de sobrevida em cinco anos pode chegar a 69%. Essa chance cai para 26% se há metástase.