
Rotina de trabalho irregular na juventude impacta saúde após os 50 anos
Estudo mostra relação entre horários, qualidade do sono e bem-estar; fatores socioeconômicos como gênero, raça e nível educacional impactam na condição de trabalho e, consequentemente, na qualidade de vida
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
Um novo estudo da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, mostra como rotinas de trabalho não convencionais podem comprometer o bem-estar a longo prazo. O levantamento aponta que há uma relação entre horários irregulares ao longo da vida — algo normalmente associado a empregos precários — a prejuízos ao sono e à saúde a partir dos 50 anos de idade.
Segundo o artigo, as transformações sofridas pelo mercado de trabalho desde a década de 1980, com incremento tecnológico e aumento da demanda por serviços, têm exposto trabalhadores a condições mais negativas, como plantões imprevisíveis e jornadas irregulares. E essas características se tornaram comuns no mundo todo. Para piorar, aqueles mais vulneráveis socialmente são os mais sujeitos a esquemas de trabalho pouco saudáveis.