
Nova classificação do aspartame: devo parar de consumir esse adoçante?
Especialistas dizem que existem doses seguras para consumo, mas ressaltam que o ideal é manter uma dieta com alimentos in natura ou minimamente processados.
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Há duas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) provocou uma reação internacional ao classificar o aspartame – adoçante artificial de baixa caloria que é 200 vezes mais doce do que o açúcar – como “possivelmente carcinogênico” para humanos (grupo 2B). O aspartame é um dos principais ingredientes utilizados pela indústria de bebidas e alimentos desde a década de 1980 na produção de refrigerantes sem açúcar, sucos, balas, chicletes, sorvetes, gelatinas, entre outros. Por isso, costuma ser usado por pessoas com obesidade, diabetes e por quem quer perder peso em substituição ao açúcar comum, já que fornece um sabor adocicado aos alimentos.
A nova classificação teve como base relatórios realizados por dois grupos independentes: um deles foi feito pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), um braço especializado da OMS, e outro pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Enquanto a IARC citou “evidências limitadas” de possível carcinogenicidade em humanos, o JECFA manteve como segura a ingestão diária aceitável desse adoçante de até 40 mg/kg de peso corporal.