
Baixa escolaridade é o principal fator de risco modificável associado à demência no Brasil
Hipertensão e perda auditiva ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar; estudo mostra que quase metade dos casos de perda cognitiva poderiam ser prevenidos.
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
A baixa escolaridade, seguida da hipertensão e da perda auditiva, são os principais fatores de risco modificáveis associados à demência no Brasil. Juntas, estariam por trás de 22% dos casos, conforme demonstra um estudo inédito liderado pela Universidade de São Paulo (USP), que mapeou o impacto desses e outros fatores no declínio cognitivo dos brasileiros.
O trabalho também revela que quase metade dos casos de demência no Brasil (48,2%) poderiam ser prevenidos ou, pelo menos, ter seu início retardado com o controle de 12 condições reconhecidamente associadas tanto ao Alzheimer quanto ao declínio cognitivo em geral: pouca escolaridade (considerando 8 anos de estudo ou menos), perda auditiva, hipertensão, obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool, lesões traumáticas no cérebro, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento social e exposição ao ar poluído.