
Transplante de medula se consolida como opção de tratamento para esclerose múltipla
Procedimento é indicado para quem não tem melhora com tratamentos farmacológicos; doença autoimune e neurodegenerativa atinge ao menos 40 mil brasileiros.
Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein
Estudado como opção terapêutica para doenças autoimunes há mais de 20 anos, o transplante de medula óssea se consolidou como uma alternativa segura e eficaz para pacientes diagnosticados com esclerose múltipla – uma doença autoimune, neurodegenerativa, inflamatória e crônica, em que o sistema imunológico destrói a bainha de mielina (capa) protetora dos nervos, podendo levar à paralisia e até a morte. No dia 30 do mês de maio é comemorado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença.
Mais de 2 milhões de pessoas no mundo vivem com esclerose múltipla, sendo que ao menos 40 mil estão no Brasil, segundo estimativas da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. A doença costuma se manifestar na idade adulta jovem e pode causar incapacidades neurológicas graves, com repercussão social e econômica para o doente. O tratamento é feito com medicamentos de alto custo que atuam com o objetivo de aumentar o espaço entre os surtos, mas sem eliminar a doença.