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Vida corrida e alimentação saudável: é possível!

O ideal é que a dieta seja personalizada de acordo com as necessidades e rotina de cada pessoa

05/03/2020 11h08 Atualizado há 4 anos

Por Cristiane Bomfim, da Agência Einstein

 

A jornalista Fernanda Brandão, de 32 anos, nem lembra mais quando começou sua briga com balança. Foram inúmeras dietas milagrosas de páginas de revista. Em todas as tentativas emagreceu, depois engordou até chegar ao extremo de optar por uma cirurgia bariátrica, realizada em 2009. Quase dez anos depois, ela afirma ter recuperado boa parte dos quilos perdidos após o procedimento.

Pode parecer repetitivo, mas sabemos que uma alimentação saudável tem de ser equilibrada em todos os sentidos. “Tem que ser variada, colorida, saborosa e respeitar as preferências e fase de vida das pessoas”. Outro aspecto importante, é a facilidade e a disponibilidade dos alimentos industrializados, sendo importante aumentar o consumo de alimentos naturais e menos processados. “O termo que a gente usa é comer comida de verdade”, explica Mariana Marcatto, nutricionista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

“Algumas coisas a gente aprende com o tempo e a maturidade. Hoje estou mais preocupada com minha saúde e tento comer de forma correta”, conta Fernanda. Tarefa difícil para quem atualmente trabalha em uma padaria, não gosta de salada e legumes e afirma que trocou os exercícios físicos por uma rotina sedentária. As principais refeições da jornalista são compostas por arroz, feijão e carne.

De acordo com Mariana Marcatto é importante que as dietas sejam personalizadas de acordo com as necessidades e rotina de cada pessoa. Mas de forma geral, a melhor maneira de montar um prato é colocando 50% de vegetais, 25% de carboidratos (arroz, massas, batata, mandioquinha, entre outros) e 25% de proteínas (carnes no geral e leguminosas). “Nada, nem o carboidrato, deve ser suprimido da dieta. Cada alimento tem sua função. E é importante as pessoas não esquecerem que é permitido comer o que se gosta eventualmente. Uma pizza, um sorvete com bom senso não faz mal a ninguém. Pelo contrário, desde que tenha equilíbrio!”

E, apesar da correria do dia a dia, é sim possível comer direito sem gastar tempo e muito dinheiro. A nutricionista do Einstein reforça a importância de preferir comidas naturais. Isso quer dizer menos processadas e industrializadas – “Descascar mais e desembalar menos”.  Trocar o refrigerante por suco natural (de preferência sem açúcar), trocar a fritura pelo assado ou grelhado e ficar atento aos rótulos dos produtos, especialmente quanto ao açúcar, sódio e gorduras “ruins”, que são as saturadas e as trans.

Cozinhar em casa e levar marmita para o trabalho é uma opção gostosa e mais saudável. “Dá para fazer porções maiores e congelar em potes individuais para facilitar durante a semana”, diz a nutricionista. Para quem não tem tempo ou não gosta de cozinhar, as comidas caseiras congeladas são uma boa opção. “É rápido e tem várias boas empresas no mercado com pratos para todos os tipos de gosto”. Caso não seja possível cozinhar e a única opção seja comer na rua, é possível fazer de forma saudável e equilibrada em um restaurante por quilo.

“Alimentação saudável é um hábito que é construído dia a dia’, explica Mariana. E os benefícios, ela continua, permanecem em longo prazo. “Previne doenças, aumenta a sensação de bem-estar, dá prazer e é importante na manutenção da saúde”, conclui.

Como ter uma alimentação saudável em meio ao corre-corre:

  • Fuja do muito fácil e dos congelados industrializados
  • Prefira o natural, a comida de verdade
  • Pratos saudáveis são coloridos, têm carboidratos, proteínas e gorduras
  • Receitas de dietas de revista não são personalizadas para as suas necessidades e, por isso, podem não funcionar
  • Comida saudável tem de levar em conta as suas preferências
  • Marmita está na moda. Que tal experimentar?
  • Não tem tempo de cozinhar? Há muitas opções de comidas caseiras congeladas no mercado.

(Fonte: Agência Einstein)

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